Binominal nomenclature - The aphorism that Linnaeus never proposed.

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Title

Binominal nomenclature - The aphorism that Linnaeus never proposed.

Description

Artigo do Livro:
 Professor Carlos Almaça (1934-2010) - Estado da Arte em Áreas Científicas do Seu Interesse.

Creator

Publisher

Maria Judite Alves

Alexandra Cartaxana

Alexandra Marçal Correia

Luis Filipe Lopes

Date

2014

Language

Inglês 

Resumo em português

Type

Artigo cientifico

Abstract

Abstract
The development of the binominal system of biological nomenclature, universally used among scientists to name all living species, has been unquestionably attributed to Linnaeus (Carl von Linné). That conviction, propagated in numerous works dealing with systematics, is so definite that Species Plantarum (1753) and Systema Naturae (10th edition, 1758) were taken as starting points for the enforcement of the international codes of botanical and zoological nomenclature, respectively. The main argument is that those were the first published works where binominal nomenclature was consistently used to designate species in unabridged publications on botany and zoology. Notwithstanding, an analysis of Philosophia Botanica, in which Linnaeus explains the bases of his principles on classification and nomenclature, along with that of the above mentioned works, leads to a different interpretation of Linnaeus’ nomenclature. Nowhere in his works did Linnaeus state, or even suggest, that the scientific name of a species should be composed of two words only. On the contrary, Linnaeus explicitly adopted polynomial designations as the legitimate scientific names for species, just as his predecessors did. As an attempt to find how binominal nomenclature was established as a scientific nomenclatural system some 18th century key works of naturalists C. A. Clerck, G. A. Scopoli, W. Hudson, P. S. Pallas, S. G. Gmelin and J. Ch. Fabricius were analysed.

 

Resumo
O desenvolvimento da nomenclatura binominal, universalmente utilizada entre os cientistas para designar espécies biológicas, tem sido inquestionavelmente atribuído a Lineu (Carl von Linné). Tal convicção, divulgada por numerosos trabalhos de sistemática, é tão inequívoca que Species Plantarum (1753) e Systema Naturae (10ª edição, 1758) são tomados como pontos de partida para a aplicação das normas instituídas nos códigos internacionais de nomenclatura botânica e zoológica, respectivamente. O principal argumento é que esses foram os primeiros trabalhos em que a nomenclatura binominal foi consistentemente utilizada para designar espécies em publicações abrangentes nas áreas da Botânica e da Zoologia. Contudo, a análise de Philosophia Botanica, na qual Lineu explica os seus critérios de classificação e nomenclatura, juntamente com a dos trabalhos acima mencionados, conduz a uma interpretação diferente da nomenclatura de Lineu. Em nenhum dos trabalhos Lineu afirmou, ou mesmo sugeriu, que o nome científico de uma espécie deveria ser composto por apenas duas palavras. Pelo contrário, e tal como os seus antecessores, Lineu explicitamente adoptou designações polinomiais como nomes científicos legítimos das espécies. Numa tentativa para determinar como a nomenclatura binominal foi estabelecida como sistema nomenclatural, algumas obras-chave do séc. XVIII escritas por naturalistas como C. A. Clerck, G. A. Scopoli, W. Hudson, P. S. Pallas, S. G. Gmelin e J. Ch. Fabricius foram analisadas.

Bibliographic Citation

Assis CA. 2014. Binominal nomenclature - The aphorism that Linnaeus never proposed. In: Professor Carlos Almaça (1934-2010) - Estado da Arte em Áreas Científicas do Seu Interesse. MJ Alves, A Cartaxana, AM Correia, LF Lopes (eds), Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa, pp. 161-195.